No âmbito da semana da Floresta Autóctone, a BE/CRE do agrupamento MEA promoveu um concurso de escrita criativa "Encontro com Sílvia Alves" para as turmas do 3.º e 4.º anos que participaram no encontro com a escritora. Os textos eram de tema livre e deveriam ser apresentados em verso ou em prosa com um mínimo de 50 palavras.
Partilhamos com a comunidade educativa o momento da entrega dos prémios aos vencedores do concurso pela professora Elisa Miranda.
Parabéns aos vencedores Margarida Simões da turma 21, Sérgio Cunha da turma 21 e Diogo Vilela da turma 19.
Textos
É Natal na Floresta
Era uma vez um esquilo que vivia numa floresta. A sua casa era um carvalho muito grande que lá havia.
Certo dia de inverno, arranjou uma namorada e ela disse-lhe:
- Vamos fazer um pinheiro de Natal?
- Mas o que é isso? – Perguntou o esquilo.
- O pinheiro de Natal é uma árvore enorme que se prepara para o dia de Natal.
- Mas o que é o Natal? Eu nunca o festejei…
- O Natal é uma festa que os humanos celebram todos os anos para relembrar o nascimento de Jesus Cristo. Mas agora chega de perguntas, vamos lá procurar uma linda árvore! - Disse a esquilo Julieta.
Foram então pela floresta procurar a árvore de Natal . Quando encontraram rodearam-na com lianas, as bolas eram maçãs, puseram também canos de azevinho e a estrela era uma pinha.
A árvore ficava perto da casa dele. No fim de acabarem de decorar a árvore, ficaram os dois a admirá-la. «Como está bela!» - Pensaram os dois.
Esperaram os dois pelo dia da ceia. Até lá fizeram bolachas de chocolate, doces e batidos de fruta… Puseram alguns doces à porta do grande carvalho para um velhinho muito famoso que costumava visitar quem celebra o Natal.
Finalmente, o dia da ceia chegou. Depois de comerem tudo o que tinham preparado foram dormir. Passado algum tempo, ouviram um tlim tlim tlim por cima do carvalho. Eram as renas do Pai Natal a sobrevoarem a floresta.
O Pai Natal deixou dois presentes ao lado do pinheirinho enfeitado. Os dois esquilos foram a correr buscar os embrulhos e repararam que a sua árvore de Natal estava toda iluminada… Por toda a árvore viam-se pirilampos que irradiavam luz, dando-lhe um brilho muito especial!
Os dois esquilos namorados abriram os presentes e ficaram ali a olhar para o pinheirinho de Natal.
Sérgio Adelino - Turma 21
As
florestas autóctones
É importante proteger as florestas
Elas são os pulmões do planeta
Outras árvores podem até ser mais lindas
Mas não são a resposta adequada aos problemas
das secas e das chuvas intensas …
Elas são também importantes para o refúgio e reprodução de muitas espécies
Toda a floresta é preciosa, necessária, viva
mas a autóctone é a escolha certa
A floresta vamos todos proteger
Unidos somos capazes
Vamos trabalhar em conjunto
Incentivar outros a seguir-nos
Cuidar, cultivar
Plantar, transformar
Ouvir os sons
da natureza
Viva a floresta autóctone !
Margarida Simões Sousa -Turma 21
A História do menino que via muita televisão
Era uma vez um menino que via muita televisão porque os seus pais trabalhavam muito e os seus amiguinhos da escola não saíam para a rua para brincar no parque. A televisão passou a ser o seu melhor amigo.
Ele tinha televisões em sua casa e na casa de sua avó e em todas as divisões da casa desde o quarto, à sala, na cozinha, em todo o lado.
Quando fechava os olhos via televisão como se realmente estivesse em frente ao ecrã. Na escola enquanto professora explicava a matéria ele fechava os olhos para ver televisão.
Quando a escola acabava, o nosso amigo chegava a casa e a primeira coisa que fazia era ligar as televisões e ali ficava horas e horas esquecendo-se de tudo e de todos, mesmo de fazer os seus deveres escolares, de ajudar a sua mãe e o seu pai e até se deitar cedo.
Já a hora ia adiantada e como todos os dias, o menino foi-se deitar mas continuou a ver televisão, adormecendo mesmo com a televisão ligada como era habitual.
À hora programada, toca o despertador a avisa que a manhã já chegou e mais um dia de escola pela frente, no caso do nosso amigo, mais um dia de televisão.
Levanta-se e dirige-se com muito custo para a casa de banho. Lava os dentes, a cara e quando passa a escova pelo cabelo, eis que se apercebe de que alguma coisa não está bem. Ergue lentamente a cabeça e começa a gritar:
- Ah! Ah! Ah! Ah! O que é isto que tenho na cabeça? Como é que isto veio aqui parar?
Durante a noite, pequenas antenas tinham-lhe crescido na cabeça, provocado pelas horas intermináveis que passava a ver televisão.
Vestiu-se rapidamente e para não dar nas vistas, colocou um boné na cabeça.
Esperou que chegasse o intervalo para entrar na sala, pois tinha de falar com a professora. Não via outra pessoa que lhe pudesse resolver o problema.
- Professora, posso entrar? - Perguntou.
- Mais uma vez atrasado. Agora estamos no intervalo, mas entra. Pela tua cara o caso é grave. O que se passa?
E foi então que ele começou a contar a sua história.
Quando tira o boné a professora nem queria acreditar. O menino estava com o sindroma da TV, e já lhe tinham crescido as antenas. O caso era realmente grave.
- Bem, não te assustes, porque existe um remédio para te tirar as antenas - Disse.
O menino logo perguntou:
- E esse medicamento é caro? Em que farmácia posso comprar?
- Não! A solução para o teu problema não está em nenhuma farmácia mas sim na biblioteca. Vais até lá e requisitas cinco livros e todas as noites desta semana vais ler um livro.
O menino lá foi.
À noite, e depois de algum tempo ele não conseguia dormir e pensou pegar num livro para começar a ler, mas como nunca tinha pegado num livro, não sabia como aquele objecto funcionava. Não tinha botões, nem comando. Lembrou-se então:
- Amanhã vou chegar à escola e vou perguntar à professora como isto funciona. Com certeza que se esqueceram de me dar o comando para isto funcionar, ou então precisa de pilhas. Bem amanhã já vou saber.
Na manhã seguinte, nem esperou pelo toque do despertador. Arranjou-se a correr, tomou o pequeno-almoço mais rápido possível e correu para a escola. Estava ansioso por falar com a professora pois já não aguentava as antenas que cresciam de dia para dia.
Quando lhe fez a pergunta, a professora fartou-se de rir, explicando-lhe que era só abrir o livro e começar a ler a história com atenção.
Logo o menino correu para casa, fechou-se no quarto, pegou em livros e começou a ler sem parar. Quanto mais ele lia, mais pequenas ficavam as antenas. Quando as antenas desapareceram por completo o menino prometeu que a partir desse dia nunca mais ia ver televisão em excesso. Ver mas moderadamente.
Ver televisão é bom, mas temos de organizar o tempo para podermos brincar com os nosso amigos, estudar, ler, dormir e outras coisas mais.
FIM
Diogo Filipe Vilela - Turma 19