Bombeiros Voluntários de Vila Verde exemplificam técnicas de salvamento

No âmbito do Projecto Curricular "Saúde/Prevenção", sob a temática da Segurança, os alunos da EB1 de Dossãos deslocaram-se hoje ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, a fim de conhecer melhor esta grande instituição que garante a nossa segurança.

Os alunos chegaram ao quartel curiosos por conhecer o interior das ambulâncias e ver de perto os carros usados no combate aos incêndios.

Fomos recebidos pelos Bombeiro Francisco Gomes e Francisco Sousa. 

O bombeiro Francisco Gomes exemplificou como se processa todo o trabalho de salvamento no caso dos acidentes rodoviários.

Eu gostei quando o Sr. Francisco me pôs um colete e me deitou na maca de emergência. Ele atou-me umas correias aos pés, aos braços e no corpo. Também me pôs proteccções na cabeça e no pescoço. Eu fiquei imobilizado, sem me poder mexer, mesmo quando ele virou a maca de lado, eu não caí." (Samuel Soares)

"O senhor Francisco mostrou-nos algumas experiências na ambulância. Vimos a ambulância a sair para o serviço." (Carolina Beiramar)

"A ambulância teve que sair e ligou as sirenes" (Luís Lopes)

OS CARROS DE COMBATE AOS INCÊNDIOS

"Eu gostei mais quando o Sr. Francisco me pôs o capacete dos bombeiros na minha cabeça e quando nos mostrou os grandes camiões urbanos." (Zé Miguel)

Vimos que as mangueiras destes carros têm diferentes larguras, consoante o caudal de água que suportam.

"O senhor bombeiro tirou um jipe para fora e nós fizemos de conta que estávamos a apagar fogo. A água saía com muita pressão." (Alexis Bernardes)

O Sr. Francisco deixou-nos pegar na mangueira, ligou a água, mas a água era não potável, e nós fizemos de conta que éramos bombeiros e soltámos a água." (Sofia Silva)

"Vimos os camiões do fogo, pegámos na mangueira e fizemos de conta que estávamos a apagar um incêndio. Gostei de conhecer os bombeiros." (Francisco Sousa)

"A parte que eu gostei mais foi de fingir que estávamos a apagar fogo." (Mariana Moreira)

"... gostei de apagar o fogo a fazer de conta! Eu puxei uma peça e a água saiu com muita pressão." (Carolina Beiramar)

Por fim fizemos uma entrevista ao senhor Francisco e gravámos tudo com o telemóvel da professora. Quando chegámos à escola, ouvimos a gravação com muita atenção e passámos tudo para o caderno.

ENTREVISTA AO BOMBEIRO

Samuel - Como se chama?

Bombeiro - Francisco Sousa.

S- Que idade tem?

B- Tenho 60 anos.

S- A sua profissão é ser bombeiro?

B- Sim.

S - Por que quis ser bombeiro? Gosta desta ocupação?

B- Gosto... Por que quis ser bombeiro? Sei lá... é um bichinho que nasce connosco... (risos)

S- Nos bombeiros, qual é a coisa que mais gosta de fazer?

B- De tudo. Entre fazer salvamentos de pessoas, prestar socorros ás pessoas ou apagar incêndios.

S- Qual foi a tarefa mais difícil que já fez ou a que mais lhe custou fazer?

B- Foi o socorro a um acidente grave, pois entre os feridos encontrava-se uma criança, que estava entalada no meio dos bancos. Ficaram presos na viatura. Assisti vários acidentes, onde já vemos pessoas mortas e isso custa um bocado. Nós tentamos fazer os possíveis para salvar as pessoas, mas quando vemos que já são cadáveres, aí já não temos nada a fazer com aquelas vítimas, temos é que socorrer os outros que ainda têm vida. Estamos sempre muito atentos ao que se está a passar no local.

S - Há quantos anos é bombeiro?

B- Há 36 anos.

S - Quantas horas trabalha por dia?

B- Como funcionário trabalho 4 horas e dou mais 4 de trabalho voluntário todos os dias.

S- Ganha muito dinheiro como bombeiro?

B- Muito pouco!! Isto é assim, a profissão que temos, olhando bem aos riscos que corremos diariamente, pois estamos em contacto com pessoas doentes, desconhecendo o que se passa... e não temos benefícios nenhuns. Nós temos salários de trolhas de 3.ª . Eu, por exemplo, tenho aqui outras ocupações, sou motorista, ajudo na facturação, etc. Mas não ganho metade daquilo que devia ganhar...

S- Muito obrigado pela sua disponibilidade.